on sexta-feira, 28 de setembro de 2012
    Olá a todos,
    Hoje em dia com as dificuldades de se ingressar numa universidade, a cobrança constante por estudos e a falta de concentração devido à internet e televisão faz com que muitos jovens e adultos recorram à métodos químicos para melhorar a concentração. São as chamadas "Drogas da Inteligência", medicamentos de tarja preta que agem no sistema nervoso e são utilizados para tratamento de narcolepsia, TDAH e Alzheimer. Após testes feitos com pessoas sem essas doenças, foi verificado que realmente esses fármacos melhoravam muito a concentração e o foco, porém podem levar à sérias doenças a longo prazo (Alzheimer, epilespsia) e dependência.
   Um dos mais conhecidos é a Ritalina, nome comercial do Metilfenidato, comercializado pela Novartis Biociências. É muito sedutora, realmente faz com que mantenhamos o foco nas atividades, sem sono e sempre dispostos. Alguns dizem que no futuro ele será tão comum quanto o cafezinho. Porém, por serem medicamentos fortes, causam sérios efeitos colaterais: irritabilidade, insônia, transtornos comportamentais e outros a longo prazo. A empresa responsável pelo modafinil (parecido com a Ritalina, mas com efeito prolongado, deixando o usuário até três dias disposto e sem sentir sono) fatura mais de US$ 1 bilhão pelas vendas do medicamento por ano. Pesquisas apontam que mais de 25% dos estudantes americanos já utilizaram algum meio para aumentar sua concentração. A questão é que em vez de os laboratórios aumentarem a vigilância, algumas entidades estão querendo liberar esses medicamentos de vez como se fosse um "métodos para ampliar a inteligência humana". 
      O fato é que esse assunto ainda gera polêmica por não haver muita pesquisa científica sobre o assunto. Ainda não se sabem os efeitos à longo prazo mas os adeptos costumam compará-la com o futuro cafezinho ou até mesmo com a cocaína que era utilizada por Freud. Vocês podem ver abaixo um vídeo, do professor Paulo Jubilut explicando o funcionamento dessas drogas que movimentam bilhões no mercado farmacêutico.



Também vou apresentar uma lista mostrando alguns efeitos colaterais dessas drogas mais utilizadas:

ADDERALL (MIX DE ANFETAMINAS)
Uso original: tratar déficit de atenção (DDA).
Efeitos colaterais: problemas cardíacos, vício.

ANIRACETAM
Uso original: tratar Alzheimer.
Efeitos colaterais: ansiedade, insônia.

DONEPEZIL
Uso original: tratar Alzheimer.
Efeitos colaterais: náuseas, diarreia.

FLUOXETINA (PROZAC)
Uso original: tratar depressão.
Efeitos colaterais: ansiedade, suicídio.

METIlFENIDATO (RITALIN)
Uso original: tratar DDA.
Efeitos colaterais: convulsões, psicose.

MODAFINIL

Uso original: tratar narcolepsia.
Efeitos colaterais: doenças de pele.

PIRACETAM
Uso original: tratar convulsões.
Efeitos colaterais: ansiedade, tremores.

SELEGILINA
Uso original: tratar Parkinson.
Efeitos colaterais: dor de cabeça, diarreia.

VASOPRESSINA
Uso original: tratar diabetes.
Efeitos colaterais: náuseas, coma.

Portanto pessoal, vejam se realmente vale a pena mexer com essas químicas para sua mente, drogas que podem causa problemas e dependência. Bons resultados são obtidos com sacrifício e força de vontade, basta focar no objetivo. Um abraço à todos!

                            http://super.abril.com.br/saude/droga-faz-bem-446579.shtml
                            http://pt.wikipedia.org/wiki/Ritalina
                                    (acessados no dia da publicação)

on segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Olá a todos, 
estive pesquisando nos últimos dias sobre alguns filmes que tratassem do assunto do blog; a indústria farmacêutica e tudo mais. Achei uma resenha do filme " O Jardineiro Fiel", do diretor brasileiro Fernando Meirelles num blog, enfatizando o aspecto da "Grande Farmácia" que aparece no filme. Espero daqui a um tempo, postar no blog uma resenha  do filme "Amor e Outras Drogas", destacando o que se fala sobre os medicamentos e laboratórios farmacêuticos, dessa vez de nossa autoria. Enfim, deixo vocês com essa crítica muito interessante (e bem extensa) que nos mostra que filmes comerciais também podem nos conscientizar e nos mostrar um pouco da verdade e da "conspiração" que permeia esse assunto.  Enjoy ~



"Não é sempre que um filme comercial nos faz refletir sobre alguma coisa. Normalmente, a maioria deles tem como único objetivo nos entreter e impressionar com alguma história banal, de preferência cheia de efeitos especiais e, com isso, atrair um grande número de telespectadores e arrecadar milhões de dólares. Essa não é uma regra, mas, no circuito comercial de filmes, são raras as exceções. Entretanto, a mais recente produção do diretor brasileiro Fernando Meirelles é uma delas.

Vencedor do Prêmio da Juventude e indicado para o Festival de Veneza, O Jardineiro Fiel traz à baila um assunto extremamente polêmico: a atuação da indústria farmacêutica no terceiro mundo. O filme nos faz pensar sobre a ética em pesquisas farmacológicas, o valor da vida humana num sistema que só visa ao lucro e a situação de miséria degradante em que se encontra boa parte do continente africano. Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, Meirelles demonstra surpresa com a acolhida do filme. "Achei que estava fazendo um filme comercial de qualidade, sobre coisas que me interessam dizer, mas a crítica o colocou num outro patamar. Sinceramente, fiquei surpreso quando nos convidaram para Veneza".

Uma co-produção de Reino Unido, Alemanha e Quênia, O Jardineiro Fiel conta a história de um diplomata britânico, Justin (Ralph Fiennes), que tem sua esposa Tessa (Rachel Weisz) assassinada supostamente por um amante. Impelido a investigar o crime, Justin descobre que, na verdade, a mulher fora "eliminada" por tentar denunciar um esquema de corrupção que atentava contra os direitos humanos: testes ilegais de um medicamento contra tuberculose eram realizados por uma empresa farmacêutica com africanos portadores do vírus HIV, sem o conhecimento dos mesmos e com a conivência dos governos queniano e britânico.

A polêmica começa quando a história representada na ficção se aproxima da realidade. O filme baseia-se em um best-seller homônimo de John Le Carré que, segundo reportagem da Agência Aids de Notícias, teria sido inspirado em um caso real acontecido na Nigéria há quatro anos, quando o laboratório Abbott testou um medicamento sem o conhecimento das pessoas que o estavam utilizando. Os usuários do remédio apresentaram problemas nas pernas e a empresa estaria sendo processada até hoje. A matéria conta ainda que essa informação partira do próprio diretor Fernando Meirelles. No final, a agência publica nota em que o laboratório Abbott desmente "veementemente a informação de que o livro/filme ‘The Constant Gardener’ (O Jardineiro Fiel) tenha sido inspirado em um caso real envolvendo a empresa" e solicita que, "pela sua gravidade, seja corrigida o mais rápido possível, pois a empresa sempre norteou suas ações pela ética e responsabilidade".

Essa é a questão que permeia todo o debate a respeito da atuação da indústria farmacêutica em países do terceiro mundo, principalmente nos africanos. Ao acreditar que situações como a representada pelo filme realmente acontecem, estaríamos dando crédito a simplistas e maniqueístas teorias da conspiração? Por outro lado, aceitar passivamente a palavra dos grandes laboratórios e acreditar que suas práticas seguem uma conduta exemplar não seria inocência demais? Nesse ponto nos deparamos com um sério problema: a falta de informação.

A cobertura midiática, tanto nacional quanto internacional, a respeito de temas relacionados ao continente africano ainda é muito escassa. Priorizam-se as notícias que interessam ao primeiro mundo. Exploram-se à exaustão os conflitos no Oriente Médio, a guerra no Iraque e tudo o que diga respeito às grandes potências mundiais, os centros de decisão do globo. Tragédias sociais, políticas e econômicas ocorrem todos os dias no continente africano, guerras civis já duram anos em diversos países, mas são renegadas ao segundo plano pela imprensa. Como assumir uma posição segura diante daquilo que não conhecemos? A escassez de informações dificulta muito a formação de opinião e a tomada de decisões.

Por isso, o debate em torno de temas que dizem respeito à África geralmente fica submetido a uma atmosfera cheia de informações duvidosas, palavras de uns contra palavras de outros, e abstrações. Não é diferente no caso da conduta ética da indústria farmacêutica em pesquisas. Foi necessário que um filme levantasse a questão para que o tema viesse à tona no Brasil e um número modesto, porém maior, de informações e opiniões começasse a circular principalmente na internet. Mas, então, em quem acreditar?


Há, sim, muitas empresas que se preocupam com o respeito à dignidade humana em suas pesquisas e, até mesmo, beneficiam muitas pessoas em sua atuação. Entretanto, não se pode fechar os olhos para o fato de que nem todas agem assim. Em meio à já referida falta de informações predominante na imprensa, pode-se encontrar, com algum esforço, notícias que ampliam esse horizonte.

É o caso de reportagem publicada no site do Institute of Science in Society (Instituto de Ciência na Sociedade) em 01 de julho de 2005. A matéria relata irregularidades em testes realizados desde 1997 com Neverapine – medicamento que visa à diminuição das taxas de transmissão do vírus HIV de mãe para filho – em mulheres grávidas de Uganda, levando 14 à morte. Segundo a reportagem, o governo sul-africano reagiu ao fato acusando oficiais americanos de tratar os africanos como “porquinhos da índia” e o ativista de direitos civis dos negros Jesse Jackson afirmou que “padrões de pesquisa e qualidades de drogas que são inaceitáveis nos EUA e em outros países ocidentais nunca devem ser empurrados para a África”.

Questões como essa, que abarcam capital, indústria e direitos humanos, são muito complexas e envolvem inúmeros interesses por todos os lados. É muito positivo que um filme comercial como O Jardineiro Fiel tenha trazido-a à tona. Cabe a nós refletir, tomar uma posição e agir em prol das mudanças necessárias. Não se trata de condenar indiscriminadamente toda a indústria farmacêutica, mas tomar atitudes severas diante daquelas empresas que, onde encontram brechas, agem fora da lei maior, a lei da vida."


- Retirado de Blog do Daniel Fassa acessado em 10/09/2012
on segunda-feira, 3 de setembro de 2012


        Olá à todos, veio em nome do grupo apresentar nosso projeto do trabalho de história sobre algum assunto atual, a ser desenvolvido no 4º bimestre de 2012. Eu sou Gabriel Marins e o grupo é também formado por Sabrina Seibert, Ádria Fabrício e Danielle Paris. Somos alunos do Colégio Militar de Porto Alegre, cursando em 2012, o primeiro ano do Ensino Médio.
         Nosso projeto, como vocês já podem ver pelo título do Blog, é sobre o Império Farmacêutico. Escolhemos esse tema pois, além de ser atual, todos (pelo menos a esmagadora maioria) têm algum remédio em casa, e faz uso desse, nem que seja um analgésico de vez em quando. Nós não percebemos que quando vamos à uma farmácia nós estamos dando lucro aos laboratórios, sejam eles nacionais ou estrangeiros. Interessante que as pessoas vêm o remédio como uma forma de "cura" para o mal-estar, para algum incômodo, e tomam alguma droga para o que estejam sentindo, seja dor de cabeça, dor de estômago, etc. E isso é só no campo da dor, a maioria das pessoas acima de 50 anos toma também remédios para alguma doença crônica, hipertensão, diabetes, por exemplo. Mas além da necessidade de bem-estar o ser humano tem outra: a necessidade da descoberta de novas curar para doenças que nos afligem, e ai chegamos num ponto crucial: Até onde os laboratórios estão dispostos a investir uma quantia milionária no mínimo para Pesquisa e Desenvolvimento? Angell (2007) afirma que as empresas preferem investir em medicamentos que  o tratamento seja mais longo (assim tem seu lucro garantido) a investir em pesquisa. Sobre esse aspecto dessas empresas iremos desenvolver nosso trabalho, mostrando a verdade sobre essas empresas. Procuraremos trabalhar em cima desse aspecto do lucro; Mostrar como os governos se posicionam a esse respeito; Procurar saber como os grandes empresários afetam até as classes mais baixas que necessitam dos fármacos; Saber o porquê das empresas não se unirem a universidades ou entidades acadêmicas para desenvolver e pesquisar; Enfim, isso e muito mais procuraremos trazer a vocês, além de depoimentos e entrevistas com profissionais da área.
           Estamos muito ansiosos para desenvolver o projeto. Eu (Gabriel), a Sabrina e a Ádria participamos de um Programa de Iniciação Científica para o Ensino Médio, que faz com que nos participemos de um grupo de pesquisa dentro de uma universidade e, por coincidência, os nossos orientadores são todos farmacêuticos. Procuraremos, com essa estrutura universitária que temos à dispôr, trazer conteúdo atual e confiável de bibliografias acadêmica além de também trazer conteúdo jornalístico, o qual tem maior alcance no país.
          Enfim, esperamos que todos gostem.
          
          Enjoy~