O Combate à AIDS / HIV no Brasil

on sábado, 13 de outubro de 2012
             Um dos assuntos que mais vemos nos noticiários é sobre o "coquetel de combate à AIDS". Justamente por causa dele que o Brasil se tornou uma das referências em combate ao HIV segundo a UNAIDS (Programa das Nações Unidas Para o Combate da AIDS). 

                 O Brasil mostrou uma resposta muito rápida para o combate dessa epidemia em relação aos outros países. Dentre as razões para o sucesso do país, estão as agressivas campanhas nacionais de prevenção para grupos de alto risco, que têm contribuído para um declínio acentuado dos casos da doença no Brasil. Devido à criação de programas nacionais de prevenção direcionados a homens gays e mulheres – em 2002 e 2007, respectivamente -, o Brasil tem apresentado um declínio acentuado nos casos de infecção do vírus HIV nos dois grupos. Entre os homossexuais masculinos, houve 3.376 novas infecções em 1996 e apenas 647 em 2009 – uma queda de 81%. Entre as mulheres, os números caíram de 7.419 novos casos em 1996 para 2.034 em 2009 – 73% a menos. 
               Considerando que vivíamos em uma ditadura militar com uma distribuição muito desigual da cobertura dos cuidados de saúde 20 anos atrás, como explicar isso? O primeiro indício está no dinheiro. De 2000 a 2007, o Congresso brasileiro quase dobrou a quantidade de financiamento para o combate à AIDS – de 713 mil reais no começo da década para 1,3 bilhões em 2007. Os gastos nos EUA, por exemplo, cresceram em um ritmo mais lento. O Brasil também tem feito um trabalho melhor ao providenciar medicamentos contra a doença. Em 1996, o Congresso aprovou uma lei federal determinando o fornecimento universal de medicamentos antirretrovirais. Os gastos com esse tipo de droga deram um salto de R$ 25 milhões em 1996 para mais de um bilhão de reais em 2009.
                      Porém, de um tempo para cá, a situação mudou um pouco. O combate perdeu a intensidade justamente por causa de uma ferramenta que muito ajudou: as campanhas conscientizadoras. Atualmente a AIDS se tornou um assunto tão comum, e a confiança de que com o coquetel mais ninguém morrerá da doença, fez com que a atenção à mesma diminuísse. 

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